domingo, 27 de janeiro de 2008

O desafio de um novo São Paulo

Quando Fabão, Lugano e Rodrigo passaram a formar um trio de zaga, Cicinho tornou-se a principal opção ofensiva pela lateral direita e Danilo começou a ser o ponto de equilíbrio do meio campo teve início uma nova era no São Paulo Futebol Clube. Sob o comando de Cuca, o 3-5-2 passou a ser uma formação padrão para os times que viriam após aquele ano de 2004, divisor de águas para o time. O Tricolor paulista, eliminado para o defensivo Once Caldas na Libertadores, voltava a ser um time de destaque internacional após uma década.

O esquema se aprimorou. Com Mineiro e Josué, além da chegada de Júnior na esquerda, o São Paulo se tornou um time coeso, e contou com o brilho de Luizão e Amoroso na reta final do torneio continental que venceria em 2005. A defesa passou a ter ora Alex ora Edcarlos, e o mesmo escrete, com a entrada do experiente Aloísio no lugar de Luizão, venceu o Liverpool no Mundial Interclubes do mesmo ano. O 3-5-2 de Autuori parecia imutável. E era.

Veio 2006, e só mudaram as peças. Com Muricy Ramalho vestindo o boné, a base campeã do mundo perdeu para um forte Internacional na decisão da Libertadores, mas venceu o Brasileiro depois de tanto tempo. Em 2007, história parecida. A derrota no continental foi para o Grêmio, com o forte trio Miranda, Alex Silva e Breno, mas, de quebra, mais um título Nacional. Os onze titulares formaram um dos times mais organizados da história. Souza-Hernanes-Leandro pela direita, Jorge Wagner-Richarlyson-Dagoberto pela esquerda, Aloísio no ataque. A torcida não teve de lamentar as saídas de Josué e Mineiro, visto a disposição e qualidade do novo meio campo do time.

Chega-se ao ano de 2008 com a indagação do título do texto, o desafio do novo São Paulo. Com a contusão de Juninho e Alex Dias, o time temporariamente joga num 4-4-2, com Fábio Santos no meio. Júnior é preterido por Richarlyson na lateral, e Joílson ganha chances do outro lado. Souza volta a ser ponta-de-lança, e a torcida ainda aguarda uma boa sequência de Dagoberto. Com a entrada de Adriano, surge a figura do craque, que há tempos não se via com a camisa tricolor. Os meias e laterais procuram aquele que já foi o Imperador de Milão, e a ausência de Leandro me parece muito sentida, visto que era o jogador importante na armação pelas pontas. Carlos Alberto é uma aposta que não pode se tornar um problema (a entrada de hoje, diante do Corinhtinas, de acordo com suas condições físicas soa como desrespeito ao clube e ao jogador), e sim uma solução para determinados momentos. Aguardaremos o desfecho do Paulista e da Libertadores da América, para que o novo São Paulo entre, ou não, para a história.

Um comentário:

Teruo Sano disse...

mudou, mas acho que ainda dá pro gasto. o fábio santos mudou muito o meio, que fazia muito bem a ligação da defesa com o ataque.
mas logo mais eles se acertam.