terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Opinião: Palmeiras, o retorno da ofensividade


Os grandes times do Palmeiras sob o comando de Luxemburgo na última década, tanto a geração 93/94 como a de 96, tiveram como destaque o poder ofensivo.

O escrete que entrou em campo diante do Santos no último domingo fez lembrar a ousadia do treinador. Se o camisa 5 da decisão diante do Vitória no Brasileiro 93 era César Sampaio, hoje ele atende por Pierre, menos vistoso, mais guerreiro. A 8 de quinze anos atrás vestia Mazinho, hoje cai em Martinez, e o meia, apesar de não vestir a 10 de Valdívia, era Zinho. No ataque, Luiz Henrique e William nas pontas, invadinho a área em diagonal, feito Edilson e Edmundo. E na frente, na impossível missão de fazer a torcida esquecer Evair Aparecido Paulino, Alex Mineiro comanda as jogadas de área.

Claro que a Seleção da Era Parmalat não será repetida no aspecto técnico, e essa análise não tem pretensões de comparar os jogadores individualmente (o que seria uma heresia sem tamanho). Mas em termos de ofensividade, o time atual pode se tornar semelhante. O time de 94 ganhara Rivaldo, que, com mais talento, chegou desacreditado para comandar a posição de meia-atacante. Diego Souza é o jogador que chega na posição, para dar a cadência que tanto agrada o comandante.

Em 96, Djalminha, Rivaldo, Muller e Luizão fizeram uma formação de verdadeiro quarteto, se revezando na artilharia e jogando num real 4-2-4. Se o Palmeiras de hoje vai de 4-2-1-3, Valdívia, Diego Souza, Lenny e Alex Mineiro podem, bem protegidos por Pierre e Martinez, desempenhar tal papel. Ou, por que não, parecem mais ainda como Alex, Zinho, Paulo Nunes e Oséas de 99, onde novamente só um jogador de meio tinha características de marcação (Sampaio) e Rogério saia para o jogo com a 8.

Briga por títulos ou jogadores na Seleção Brasileira? Mera especulação. Mas depois de anos de Bom e Barato, do retorno à elite com times fechados, classificados na luta de Estevam Soares e seu 3-6-1, ou Leão e seus irregulares Marcinho, Juninho e Pedrinho, o Palmeiras finalmente mostra confiança de um time que pode sim alcançar vôos maiores. Resta mostrar dentro de campo, se, daqui a mais quinze anos, usarão Diego; Élder Granja, Henrique, Gustavo e Leonardo; Pierre, Martinez, Diego Souza e Valdívia; Lenny (Léo Lima) e Alex Mineiro ao menos para objeto de comparação tática.

3 comentários:

Luciano Costa disse...

Não se montam mais escretes "clássicos". Com o fim do Paulista já começa a debandada geral, quem se destaca pode ir pra Europa ou até mesmo mercados secundários, mas ricos.

PS - Estou fora do blog um tempo, meu PC queimou nas ultimas chuvas. To providenciando o retorno, mas acho que só semana que vem.

Teruo Sano disse...

o mano menezes tem alguma coisa que lembra me lembra o seu pai.

Léo Pinheiro disse...

O melhor escrete que vi em SP, desde que estou aqui (sou carioca), foi o do Palmeiras que saiu da fila. Time bom de ver, sou vascaíno, mas fui no estádio para ver o palestra jogar em várias ocasiões naquele ano.
Abraços moleque!